terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Violência e insegurança, até quando?



Quando as coisas acontecem longe de nós, até nos sensibilizamos, mas fica por isso mesmo. Vamos em frente! Agora, quando o problema bate a nossa porta, envolve nossa comunidade, nossos filhos, nossos familiares, temos que tomar algumas providências.
Não é de hoje que, quando vou ao mercadinho ali perto da minha casa, no Loteamento Dona Augusta, tenho de esperar que um portão de grade seja destrancado, pois os proprietários não se arriscam trabalhar com a porta aberta. Outro dia, minha esposa e eu fomos visitar uma vizinha que perdeu o marido e fiquei estarrecido ao ouvi-la contar que, além da dor pela perda do companheiro, sofreu a humilhação e a revolta de ter de deixar seu ente querido sozinho na sala mortuária do Cemitério Municipal de Campo Bom durante a noite, pois havia grande risco de serem vítimas de assalto. Não foi novidade a informação de que os bandidos estão agindo até mesmo nessas ocasiões, mas, como disse no início deste comentário aconteciam longe de mim, da minha família.
A violência tem aumentado significativamente e chega cada dia mais perto de nós. No início desta semana, outro caso mexeu comigo e com boa parte da população campo-bonense. Circula nas redes sociais, um vídeo de um assalto a uma farmácia na Avenida Brasil (a mais próxima da minha casa). Um rapaz entrou no estabelecimento como se fosse um cliente e, ao ser atendido, levantou a camisa mostrando um revólver na cintura. Recolheu todo o dinheiro do caixa, virou as costas e foi embora como se nada tivesse acontecido.
Tá mais do que na hora de unirmos forças para cobrar medidas efetivas daqueles que são responsáveis por oferecer segurança à população. Não é novidade para ninguém que temos falta de efetivo em nossas polícias, falta estrutura para que eles realizem seu trabalho, seus salários são baixos. Esperar de braços cruzados, chorando o leite derramado, não vai nos levar a nada. Reuniões de cúpulas, nos gabinetes, também não têm trazido soluções satisfatórias. É hora das pessoas de bem do município refletirem sobre a situação e saírem às ruas, unidas, ordeiramente, mostrando nossa inconformidade. E mais que isso, mostrando que estamos dispostos a mudar esta situação que está ficando insustentável.