domingo, 31 de março de 2013

Como fazer o bem ao próximo?

"Bendito seja Deus, que não rejeitou minha oração e nem apartou de mim a sua graça." (Salmo 66:20)

Muitas vezes, alegamos que nos falta tempo, condições, ou apoio para fazermos o bem ao próximo. Na passagem do Evangelho recomendada para esta segunda-feira, 1º de abril, Jesus garante que se acreditarmos nEle podemos fazer as obras que Ele fez e até maiores que as dEle.

As leuturas bíblicas recomendadas para esta segunda-feira são as seguintes:
Salmo 93, 98 ou 66
Jonas 2: 1-9
Atos dos Apóstolos 2: 14, 22-32y
João 14: 1-14

sábado, 30 de março de 2013

Aleluia! O Senhor ressuscitou!


Naquela manhã de domingo, ainda perplexas pela forma cruel e injusta que Jesus havia morrido, como narra o evangelista São Lucas, Maria Madalena, Joana, Maria (mãe de Tiago) e outra mulheres foram ao túmulo, mas não o encontraram lá. As mulheres estavam assustadas e sabiam que corriam perigo, mesmo assim, correram e contaram aos outros o que tinham visto.
Manifestar a boa notícia, isso é o que faz que a Páscoa não seja apenas mais uma data muito bem explorada pelo comércio. Temos que dizer e demonstrar com nossos atos que Cristo ressuscitou.
Verdadeiramente, o Senhor ressuscitou. Aleluia!

Leituras Bíblicas recomendadas para este Domingo de Páscoa:

Salmo 118: 14-29
Atos dos Apóstolos 10: 34-43 ou Isaías 51: 9-11
Colossenses 3: 1-4 ou Atos dos Apóstolos 10: 34-43
Evangelho segundo São Lucas 24: 1-10

quinta-feira, 28 de março de 2013

A tradição do Lava-pés


A tradição precisa ser compreendida e vivida para que tenha sentido e possa nos auxiliar em alguma coisa. Elas, as tradições, são importantes, sim, para que se preservem alguns costumes e sejam lembrados e fortalecidos alguns valores.

Uma das tradições que o cristianismo lembra na Semana Santa, e que repetimos esta noite, é o Lava-pés. Jesus, que já havia mostrado a seus amigos que tinha poderes, com muitos milagres realizados em sua caminhada, antes da ceia, lavou os pés dos seus amigos.

Antes de falarmos do significado desse gesto, façamos uma rápida reflexão sobre o contexto da situação, começando pelas pessoas que Jesus havia escolhido para seus seguidores, seus amigos. A grosso modo, olhando de fora, qualquer um poderia dizer que faltou critérios na seleção. Entre os amigos de Jesus havia gente ambiciosa, valentões, incrédulos, etc. Pedro era destemido, vivia armado e até agrediu um guarda na hora da prisão do mestre. Judas entregou Jesus por que esperava que ele aplicasse seus poderes contra os que o seguiam e que eles tomassem o poder. Tomé só acreditava no que via.

Por que lavar os pés? Se eles fariam uma refeição, não seria mais coerente lavar as mãos?

Não! O importante naquele momento era lavar os pés, pois Jesus não queria dar uma lição de higiene, era bem outra a sua mensagem. Para compreendê-la é preciso que tentemos compreender o que significava para aquele povo uma bacia com água para lavar os pés.

As pessoas mais antigas da nossa comunidade e aqueles que trabalharam na lavoura devem lembrar o quanto era restaurador lavar os pés depois de uma jornada de trabalho, com uma enxada, limpando um milharal, calçados com um par de tamancas (Para quem não sabe, tamanca era um chinelo feito com sola de madeira e uma biqueira de couro.).

Pois na região onde Jesus e seus seguidores viviam, as pessoas caminhavam muito durante o dia, num terreno arenoso e seco, calçados não com tamancas, mas com sandálias feitas com tiras de couro, que deixavam os pés totalmente expostos à poeira. Logo, se alguém quisesse ser gentil com quem chegasse em sua casa, bastava lhe oferecer uma bacia com água para tirar a poeira dos pés. Quem trazia a vasilha com água e em alguns casos até lavava os pés do visitante, não era o dono da casa, mas os seus serviçais. Era um trabalho humilde e uns até diriam humilhante.

E o que Jesus, aquele que fez milagres e que criou enorme expectativa em seus seguidores, fez naquela noite? O que ele quis mostrar aos apóstolos com aquele gesto?

O mesmo Jesus que expulsou os vendilhões do templo, o mesmo Jesus que denunciou os desmandos das autoridades, civis e religiosas, mostrou naquele momento, no Lava-pés, que não basta ter coragem e desprendimento, é preciso também ter humildade.

Como no tempo dos apóstolos, vivemos em uma sociedade ambiciosa, discriminatória e individualista. E o cristianismo, talvez por apenas repetir as tradições, sem refletir suficientemente sobre elas, também está inserido nesse contexto. Temos até Teologia da Prosperidade, que leva as pessoas a pensarem que crendo em Deus, necessariamente, deixarão de ter problemas.

Irmãos e irmãs em Cristo, minha pretensão com esta meditação nesta Quinta-feira Santa é chama-los a uma reflexão profunda sobre como temos agido com relação ao que Cristo ensinou e ensina ainda hoje. Pedro negou Cristo por três vezes, mas depois dedicou toda a sua vida pela causa do mestre, propagando a Boa Nova. Tivesse ele firmado pé na sua teimosia, sem levar desaforos para casa, certamente não teria contribuído da forma como o fez pelo cristianismo.

A religião cristã vive um momento muito delicado e nós da Comunhão Anglicana estamos inseridos nessa situação. Temos visto muitas desavenças e cismas provocados pela falta de humildade de pessoas que, como nós, estão neste momento praticando o Lava-pés.

É preciso que cada um de nós olhe para dentro de si mesmo e tentemos descobrir e destruir a soberba que nos tem afastado de Jesus e dos nossos irmãos e irmãs. Se não assimilarmos a verdadeira mensagem do Lava-pés, nunca estaremos prontos para participarmos da Santa Ceia e continuaremos brigando por picuinhas e nos calando diante dos desmando deste mundo.

Que o gesto de Jesus no Lava-pés, repetido em todos os confins do planeta, não seja apenas uma encenação bonita, mas realmente nos toque o coração e possamos, com humildade, nos colocarmos diante de Deus com o desejo sincero de contribuir para que a Páscoa represente, para tanta gente descrente, muito mais que um dia repleto de chocolates e guloseimas. Amém!

segunda-feira, 25 de março de 2013

Paixão Colorada: jogaremos na Arena


É inegável que o time do Inter tem outra cara, outro comportamento, sob o comando do Dunga. Quem assistiu os últimos jogos deve ter notado que até o D’Alessandro, bem mais calmo, tem dado carrinho e voltado para ajudar a defesa quando o time está sendo atacado. Tem muitos méritos o Dunga pelo rendimento da equipe. O Damião voltou a fazer jus ao “varzeano” que alguns invejosos gostam de colocar no seu nome. Tem que ter o espírito varzeano para criar uma bela jogada como ele fez no primeiro gol, domingo, contra o Santa Cruz. Se não vai na técnica, vai na raça, mas vai.

O que me preocupa é que até agora os adversários colorados nesta temporada, inclusive o time B gremista, não foram suficientemente fortes para testar os comandados do Dunga. Pelos meus cálculos, o primeiro jogo “às devas” (Esse termo é antigo, nossa!) será o Gre-Nal que deverá ocorrer no dia 5 de maio ou, na pior das hipóteses, dia 28 de abril. Digo isso por que só vejo possibilidade de Gre-Nal na final da Taça Farroupilha, ou nas semifinais.

Antes disso, o Inter jogará, semana que vem, na Arena da Floresta, não na do Banhado da Humaitá. É a estreia do Colorado ruma a Tóquio 2014, contra o glorioso Rio Branco, do Acre. Aliás, por falar em Tóquio, tenho certeza que toda a grande nação colorada está muito mais preocupada nesse momento com a classificação do Fluminense para a próxima fase da Libertadores, que deverá se confirmar no dia 10 de abril, aí sim, na Arena Portoalegrense.

Texto produzido para o Caderno de Esportes do Jornal O Diário da Encosta da Serra

sexta-feira, 15 de março de 2013

Paixão Colorada - De sangue doce


Talvez seja pelo fato de termos apenas dois grandes clubes no Estado, mas a verdade é que estamos sempre vendo um repetir o outro, ora os erros, ora os acertos. Com o “melhor” plantel do Brasil, em 2012, o Inter conseguiu apenas o título do Gauchão; já o Grêmio, com aquela “baba”, só não levou o Brasileirão por detalhes. Pois veio a temporada 2013 e o Grêmio começou a anunciar reforços e mais reforços. Tinha até colega aqui do trabalho querendo vender seu Palio Weekend para antecipar a compra da passagem para Tóquio. Sorte dele que não precisaria financiar pela CVC. Agora, faltando duas rodadas para o término da primeira fase da Libertadores, estão comprando calculadoras e pedindo que o Barcos e o Bertoglio façam contato com o Papa Francisco, que também é argentino, para interceder pelo clube, afinal, eles têm alma castelhana. Aliás, diz que o atacante Bertoglio é sobrinho do novo pontífice, Jorge Mario Bergoglio (apenas trocaram o “g” pelo “t” na hora de registrar o jogador).

Enquanto isso, o Inter, de sangue doce, já garantido na final do Gauchão, tem tempo para entrosar a equipe e, quem sabe, com humildade, tentar voltar a Libertadores em 2014. A goleada elástica sobre o São Luiz, em pleno Estádio 19 de Outubro, não foi suficiente para dizermos que o Inter está pronto, mas deixa o torcedor entusiasmado. O espírito aguerrido do Dunga já foi assimilado. O condicionamento físico sob o comando do Paulo Paixão também começa a aparecer (E o teste foi ótimo no embarrado gramado de Ijuí, domingo.) Se o Dunga não voltar a ter piripaques contra as arbitragens, acho que dá para ir longe. E se eles forem despachados da competição continental no início de abril, o “Ruralito” terá um gostinho ainda melhor.

terça-feira, 5 de março de 2013

Precisamos de Dunga e não Zangado


Escrevi este comentário antes do jogo Grêmio x Caracas e, portanto, não tenho nada a dizer sobre a situação deles na competição continental. Aliás, torço para que avancem na Libertadores e nos deixe tentar vencer o Gauchão, coisa que eles, há muito tempo, não conseguem. ... nem o Gauchão, nem nada.
Sem o tradicional rival, mesmo respeitando o São Luiz, é de se esperar que domingo o técnico Dunga ergua seu primeiro troféu como treinador de clube de futebol. Tem gente que não considera a Taça Piratini, mas é mais uma taça que vai para o armário.

Pela qualidade, estrutura e tradição das duas equipes que disputam a final deste primeiro turno do Gauchão, obviamente que o Inter é favorito. Mesmo jogando na casa do adversário, o time do Dunga tem potencial para vencer, embora todos saibam que vai ser um jogo “encardido”. O que mais me preocupa é justamente o técnico Dunga. Ele tem dado uma boa resposta no comando do Inter, o time está se ajustando, mas o comportamento do Dunga, que resultou na sua expulsão no jogo do último domingo, me deixa apreensivo. Se alguém tinha bons motivos para reclamar naquele jogo era o Luis Carlos Winck, técnico do Esportivo, que não teve um tiro livre marcado em cima da linha da pequena área colorada. O Inter vencia por 2 a 0 quando o Dunga teve aquela “crise” e protagonizou aquele fiasco. Imagine o que pode acontecer se o São Luiz largar na frente, com um gol duvidoso? O técnico colorado, na sua terra natal, terá tranquilidade para levar seu time a uma reação? Comportamento como aquele de domingo, com resultado adverso, pode ser fatal.