sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ser feliz é o que se quer

Ser feliz é o que se quer. Muita gente passa a vida inteira infeliz, teimando em encontrar a felicidade sem esforço, sem sacrifícios, sem desafios. Elas não se dão conta que, na maioria das vezes, precisamos abrir mão de alguns caprichos, de algumas manias, do individualismo, da ganância, da soberba, para construirmos a verdadeira felicidade.

A história cristã, embora sufocada pelos apelos comerciais e consumistas, nos mostra um bom exemplo de que a felicidade se constrói com esforço, com lágrimas, com sofrimento, com persistência e com confiança.
O carpinteiro José, um moço cheio de sonhos, apaixonado, só queria ser feliz com sua Maria, mas não vacilou ao ser desafiado a criar, como seu filho, um menino que se tornaria um rebelde inconformado com as injustiças deste mundo; um homem que desafiaria os poderosos de sua época pregando a utopia (e a utopia precisa ser buscada) de transformar o mundo. As “estranhas” ideias do jovem Jesus fizeram chorar José e Maria (seus pais), mas eles compreenderam que a luta era pela felicidade de toda a humanidade. Ele seguiram e acreditaram naquele sonho “maluco” do filho.

Nestes dias que antecedem o Natal, 2013 anos depois daquela difícil decisão de José e Maria, constatamos que a humanidade, de modo geral, não é feliz, pela falta de segurança, pela ganância, pela corrupção, pelos desgovernos.

O momento é de reflexão. Precisamos olhar para dentro de nós mesmos e constatarmos o quanto temos contribuído (se é que temos), para que a escolha de José não tenha sido em vão. Não é errado pensar em construir um futuro melhor para nossos filhos. José só queria isso para Jesus. Errado é não medir as consequências. Errado é o individualismo, é buscar (doa a quem doer) a felicidade particular.

A sociedade está doente, precisamos unir esforços para que todos tenham vida e vida em abundância. Este era, e continua sendo, o sonho utópico de Jesus. Assim como José, um humilde carpinteiro da Galileia, foi importante para o projeto de Jesus, cada um de nós tem um papel importante na construção de um mundo melhor. Façamos a nossa parte nesta luta.


Feliz Natal e um 2014 de muita reflexão e luta pelo bem de toda a humanidade.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Para entender o que se passa na Câmara

Na sessão da Câmara de Vereadores de Campo Bom, na segunda-feira (30 de setembro), descontente com uma nota do Partido Socialista Brasileiro (PSB), o vereador Deoclécio Schütz (PMDB) foi à tribuna e fez uma série de acusações contra os socialistas e, principalmente, contra Vicente Selistre, suplente de deputado federal pelo PSB e presidente do Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom. Para que o leitor entenda e relembre o contexto e se situe para tirar suas próprias conclusões sobre discurso do vereador, vale relatar alguns fatos ocorridos nos últimos meses em Campo Bom.
No dia 23 de junho, a exemplo do que vinha ocorrendo em todo o país, uma multidão tomou as ruas de Campo Bom. Redução do preço da passagem de ônibus, punição dos envolvidos na “farra das diárias”, isenção de tarifas do pedágio da RS-239 para moradores de Campo Bom e uma estação do trem metropolitano na área urbana do município foram as principais reivindicações das cerca de 3,5 mil pessoas que participaram do evento. Dois dias depois, manifestantes lotaram a Câmara de Vereadores de Campo Bom buscar respaldo do Legislativo às reivindicações cobradas nas ruas.
A Mesa Diretiva da Câmara, da qual o vereador Schütz é integrante, ignorou o apelo popular e até foi intransigente, ameaçando retirar à força, do plenário, alguns manifestantes. Um ofício com as principais reivindicações foi rejeitado, sob alegação de que ele não seguiu os trâmites legais. Ora, diante da mais pura manifestação, em todos os rincões deste nosso imenso Brasil, do inconformismo com a indiferença e falta de respeito com o povo, era de se esperar que, no mínimo, os manifestantes fossem ouvidos. Depois de tudo o que se viu pelo País afora, não poderíamos esperar que a presença dos quase 200 manifestantes, representantes legítimos das mais de três mil pessoas que foram às ruas de Campo Bom, fosse ignorada. Mas foi!
A partir desse episódio, as sessões passaram a ser tensas, com frequentes manifestações de descontentamento por parte da assistência. Os ânimos no plenário ficaram ainda mais acirrados na noite de 31 de julho, quando representantes da Stadbus (Consórcio Coletivo Campo Bom) foram à Câmara para falar sobre custos e valor da tarifa de ônibus no município. Depois de algumas provocações de alguns vereadores (Schütz, ironicamente, jogou beijinhos para a assistência) muitas pessoas protestaram e a presidência optou por encerrar a sessão. Na semana seguinte, mais uma mostra de autoritarismo: uma resolução da Mesa Diretiva aplicou suspensão de 60 dias a dois manifestantes da sessão do dia 31. Entre os punidos estava Paulo Rogério Leites, membro da executiva municipal do PSB.
O PSB não mediu esforços e logo seu filiado obteve uma liminar na Justiça e teve restabelecido seu direito constitucional de acompanhar os trabalhos do Legislativo. Enquanto isso, uma sindicância havia sido instaurada com o claro propósito de intimidar e frear a atuação do vereador Jair Wingert, socialista que vem realizando trabalho invejável no Legislativo campo-bonense. E no dia 16 de setembro, numa sessão especial (embora ordinária) comemorativa à Semana Farroupilha, realizada no CTG M’Bororé, a Mesa da Câmara conseguiu aprovar uma suspensão de 30 dias ao vereador Wingert.
Diante de todos esses fatos, o PSB de Campo Bom emitiu uma nota repudiando veementemente a decisão da Câmara de Vereadores considerando arbitrária e autoritária a punição. A nota diz que “esta é mais uma mácula no Legislativo campo-bonense que se distancia cada vez mais do povo, o que deveria ser a sua razão de ser”. Questiona, também, “a forma sorrateira como a matéria foi votada, justamente numa sessão realizada fora da sede da Câmara”.

Autoritarismo e arbitrariedade são típicos de regimes ditatoriais e a tentativa de sufocar iniciativas ou propostas que não tenham o aval dos mandatários do município, podem, sim, ser comparados aos regimes totalitários. Proibir cidadãos de assistirem as sessões, suspender vereador que trabalha pela comunidade, não parecem as melhores medidas para moralizar a política em Campo Bom. Isso mais parece perseguição. Ou perseguição seria pedir apoio e pressão para que a Justiça agilize a apuração das responsabilidades na farra das diárias?

domingo, 22 de setembro de 2013

Para combater a ansiedade



Os mais antigos, aqueles que trabalharam ou viveram na roça ou no campo, ainda devem lembrar que as coisas não aconteciam do dia para a noite. Não adiantava ficar ansioso. Uma ninhada de pintos, por exemplo, levava (e ainda leva) 21 dias para descascar. Quando tínhamos um familiar doente, que não morasse próximo de nós, às vezes ficávamos meses sem notícias dele. Antigamente esperávamos o tempo certo para cada coisa; hoje tudo acontece numa velocidade estonteante e vivemos ansiosos com as coisas deste mundo.

Estamos no final do mês de setembro e muitos de nós já contou nos dedos: 22 de outubro, 22 de novembro, 22 de dezembro. Apenas 90 dias nos separam do Natal. E aí, o que pensamos? Será que pensamos que temos que orar por nossos filhos, por nossos irmãos, por nossos pais, por nosso companheiro, por nossa companheira? Normalmente não é isso que nos vem à mente. Pensamos que é preciso apressar o passo para não deixar para a última hora a compra dos presentes que queremos dar a eles.

Ai vem a ansiedade pelas coisas terrenas. São os presentes, o dinheiro que, via de regra, é pouco para tudo que gostaríamos de comprar. Muitos de nós viverá os próximos três meses angustiado, mais angustiado, por que não terá como resolver todas essas questões relacionadas às compras natalinas. E assim, certamente, no dia 23 de dezembro, um sábado, alguns ainda estarão batendo cabeça a procura de presentes.

Não tenha dúvidas, essa pessoa, ainda que encontre, na última hora, o presente procurado, chegará à noite de 24 de dezembro muito estressada, sem condições de participar da grande festa de aniversário de Jesus. Poderá ter comprado presentes e lembrancinhas para todos os familiares e amigos, mas muito provavelmente nem terá lembrado que naquele dia a festa é para Jesus.

Na segunda leitura bíblica indicada para este domingo, São Paulo orienta Timóteo: "Antes de tudo, recomendo que façam pedidos, orações, súplicas e ações de graça em favor de todos os homens, (inclusive) pelos reis e por todos os que têm autoridade, a fim de que levemos uma vida calma e serena, com toda a piedade e dignidade. Isso é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador."

Ouçamos, nós também, a recomendação de São Paulo e oremos para que tenhamos a verdadeira compreensão do sentido da vida e do Natal, que não caiamos nas tentações mundanas e que possamos contribuir para que as pessoas que nos rodeiam também se voltem para Deus. E como diz a Coleta do Dia recomendada para este 18º Domingo depois de Pentecostes, "que não andemos ansiosos quanto às coisas terrenas, que são passageiras, mas que amemos as celestiais que permanecem para sempre."

Aliás, a Coleta do Dia, transcrita na página 132 do Livro de Oração Comum (Próprio 20), pode servir para nossas preces diárias como um santo remédio contra a ansiedade. Que Deus nos abençoe e nos faça compreender melhor a sua vontade. Amém.

As leituras bíblicas recomendadas para este 18º Domingo depois de Pentecostes são as seguintes:
Amos 8:4-7 (9-12)
Salmo 138
I Timóteo 2:1-8
São Lucas 16: 1-13

sábado, 31 de agosto de 2013

Solidariedade no pós enchente


O sábado, 31 de agosto de 2013, amanheceu nublado em Campo Bom, com previsão de mais chuva para boa parte do Estado do Rio Grande do Sul. Muitas famílias atingidas pela enchente, somente hoje conseguiram chegar em suas casas, pois ainda há locais com muita água. São pessoas que tiveram de sair às pressas, na segunda e terça-feira, muitas deixaram quase tudo o que tinham dentro de casa.
O cenário do pós enchente, em Campo Bom e Canudos, é deprimente. Movimentação intensa de pessoas pelas ruas enlameadas; montes de móveis encharcados e retorcidos pela umidade, sofás, TV, lastros de camas e mais uma infinidade de utensílios domésticos amontoados em frente às casas. Diante dessas imagens e com as narinas impregnadas com o mau cheiro causado pelos detritos trazidos pelas águas, era difícil imaginar ou tentar estabelecer o quanto estavam sofrendo aquelas pessoas.
Junto com o pessoal do Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom, naqueles dias em que a água do Rio dos Sinos subia, estive várias vezes nos locais atingidos pela enchente, fotografando e observando a gravidade da situação. Os moradores mais antigos contam que desde 1965 não acontecia uma enchente tão grande.
A hora é de solidariedade, muitos perderam tudo ou quase tudo do pouco que tinham. Muitos precisam, também, incentivo moral para reencontrar forças para seguir lutando. Se você ficou chocado com o que viu nos noticiários dos últimos dias, colabore doando uma vassoura, um produto de limpeza, ou quem sabe uma cesta básica. E ainda que você não tenha recursos ajuda material, pode colaborar com um gesto de carinho com um colega de trabalho ou conhecido que esteja passando por essa situação indesejada e inesperada.
















terça-feira, 20 de agosto de 2013

Que País é este?

Renato Manfredini Júnior foi um brasileiro que viveu apenas 36 anos, mas escreveu coisas incríveis que nos fazem pensar. Conhecido pelo nome artístico Renato Russo, esse cidadão deixou um legado invejável de composições, como “Que país é este?” onde diz que “nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado. Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação (...)

Nem é preciso ser gênio, como foi Renato Russo, para se perguntar:
Que país é este, onde quem cumpre com seu mandato e vai às vilas ouvir os clamores do povo é ameaçado de suspensão de sua função, porque alguns se sentiram ofendidos por seu discurso?
Que país é este, onde um cidadão que se excede, cansado pela indiferença daqueles que deveriam representá-lo, é proibido de acompanhar as sessões da Câmara de Vereadores?
Que país é este, que não consegue punir aqueles que desviam o dinheiro público, como ocorre com a Farra das Diárias?

Talvez só nos reste outro verso eternizado na voz inconfundível de Mercedes Sosa:
“Eu só peço a Deus
Que a injustiça não me seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucada brutalmente”

Já disse isso em outra oportunidade, mas volto a repetir. Sempre fui contrário a qualquer tipo de intimidação ou uso da força para se fazer ouvir ou chamar atenção. Entretanto, entendo que em algumas situações, quando há truculência e intransigência, não resta alternativa senão a manifestação de inconformidade.

Pena que o povo, depois de ter saído às ruas com tanta empolgação, já tenha se acomodado, dando mostras de que continuará suportando tanta injustiça e descaso.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Senhor presidente! Senhores vereadores!

Presidente - Com a palavra, o secretário!
Secretário - Projeto de Lei nº xxx/13, do Poder Executivo, que Abre Crédito Suplementar.
PresidenteEm discussão o projeto xxx/13; ninguém querendo discutir, está em votação. Os vereadores favoráveis permaneçam como estão e os contrários se levantem.

Senhor presidente, senhores vereadores! Ocupo esse espaço, respeitosamente, para lhes dizer, como cidadão que defende a democracia e reconhece a importância dos Poderes Constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário), que não posso me calar diante do que assisti na manhã fria e chuvosa desta quarta-feira, 14 de agosto de 2013, na Câmara de Vereadores de Campo Bom.

O diálogo transcrito acima foi o que se ouviu durante a votação de vários projetos que estavam na Ordem do Dia da sessão. Quero crer que os vereadores sabiam o que estavam votando, mas e a assistência? Na minha modesta opinião, se tiver uma única pessoa na assistência, deveria ser lido, no mínimo, um resumo do projeto, para que aquele cidadão que lá compareceu para acompanhar o trabalho do Legislativo saiba o que estão fazendo. Para que se fortaleça a democracia é necessário respeito por quem tem o por quem não tem direito a voz. 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Senhores políticos, ouçam o clamor do povo

Eu sempre fui contrário a qualquer tipo de intimidação ou uso da força para se fazer ouvir ou chamar atenção. Cumpre-me, entretanto, dizer que entendo que em algumas situações, quando há truculência e intransigência, não resta alternativa senão a manifestação de inconformidade. É assim que acontece em todos os segmentos e círculos de convivência: na família, na escola, no clube de futebol, na comunidade religiosa e, por que não, na sociedade como um todo.

O que temos visto nos últimos dias, em todos os rincões deste nosso imenso Brasil, em que pese alguns interesses espúrios, é a mais pura manifestação do inconformismo com a indiferença e falta de respeito com o povo, demonstrada pela esmagadora maioria dos nossos políticos, responsáveis por ditarem as normas que regem o País, ou seja, que regem as nossas vidas. Chegamos ao ponto em que estampar fotos e palavras de ordem contra a corrupção, contra a irresponsabilidade de administradores incompetentes ou mal intencionados já não era mais suficiente. Aí, deu no que deu: o povo saiu às ruas para pedir mudanças profundas em todos os segmentos. E, diga-se de passagem, a mudança precisa, necessariamente, passar por todos os cidadãos; o político precisa mudar sua maneira de agir, e, como cidadãos, eu e você, caro leitor, também precisamos refletir sobre a nossa conduta.

Eu já fazia essa leitura da situação, antes de acompanhar a sessão da Câmara de Vereadores de Campo Bom, na noite desta segunda-feira. Diante do que assisti na “Casa do Povo”, só reforcei meu ponto de vista. Depois de tudo o que se viu pelo País afora, a presidência da Câmara de Vereadores quis ignorar a presença dos quase 200 manifestantes, representantes legítimos das mais de 3 mil pessoas que foram as ruas de Campo Bom no último sábado pedindo mudanças e medidas urgentes.

Quando o povo todo clama por justiça, dignidade e respeito a seus direitos, eu jamais imaginaria que o presidente da Câmara de Vereadores fosse capaz de se negar a ler um ofício dos manifestantes durante a sessão; muito menos que ele tivesse a indelicadeza de dizer que o manifestante deveria protocolar seu ofício na secretaria da Câmara, no horário de expediente, para os trâmites legais. Mudanças urgem, meu caro presidente. E não será com um requerimento ao Executivo, solicitando redução no preço da passagem de ônibus, que os senhores vereadores vão aquietar o povo. Fiscalizar as tarifas do transporte público é uma das tantas atribuições dos senhores vereadores.

Conheço e defendo o respeito às leis, que podem ser mudadas sempre que elas estiverem ultrapassadas, mas me baseio, sempre, no bom senso. Em respeito ao povo, campo-bonense e de todo este imenso Brasil, era hora de interromper a sessão, dar a palavra a um representante dos manifestantes. Afinal, estávamos na “Casa do Povo”. Vale lembrar que em outras ocasiões, em manifestações menos expressivas, esse procedimento foi adotado, sem nenhum demérito ou diminuição do Poder Legislativo. Aliás, dentre as expectativas que tenho com todo esse movimento social que vivemos, está o fortalecimento dos poderes constituídos da nação. Quero, como a maioria dos brasileiros, uma democracia com Executivo, Legislativo e Judiciário respeitados e respeitáveis, que atendam às necessidades básicas do povo e não aos interesses de minorias privilegiadas.

domingo, 2 de junho de 2013

Paixão Colorada - Peças de reposição


Escrevi este comentário antes do fechamento da rodada do Brasileirão no final de semana, logo, sem saber o resultado de Inter x Bahia. No futebol, o mais interessante é que a lógica nem sempre prevalece, mas a gente sempre a leva em conta. Pela lógica, pelo que apresentaram nas duas primeiras rodadas, era de se esperar que o Inter atropelasse o Bahia. Ainda pelo que se viu nesta abertura de Brasileirão, precisamos, com urgência, alguns reforços para que o Dunga possa realizar seu trabalho com tranquilidade e possamos chegar ao final da competição disputando o título e não apenas na “zona de conforto”.
Eu sempre achei que disputar o Gauchão, apesar da diferença quilométrica da Dupla Gre-Nal com relação aos demais participantes, é mais difícil que encarar o Brasileirão. E nos primeiros jogos do Inter tivemos mostra disso no desempenho do Fred, garoto colorado que afirmou, depois de duas grandes atuações (contra Vitória e Criciúma), que na competição regional os adversários não deixam jogar.  Assim, o grande problema, tanto do Inter como do Grêmio, é a falta de peças de reposição. No sábado, vimos na Vila Belmiro, que o Grêmio carece de, principalmente, um volante para substituir o Fernando. Aliás, acho que ele não volta a vestir a camisa Tricolor depois da Copa das Confederações. No Inter, mesmo que o Damião não tenha repetido suas atuações de 2012, não temos ninguém no mesmo nível para ocupar seu espaço. Temos ainda a carência de uma “sombra” para o D’Ale. Contratar é preciso, mas, igualmente, é preciso cuidado para não trazer figurões que inflacionem a folha de pagamento, traga problemas ao vestiário e não resolvam as carências.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Paixão Colorada - Utopia e Paixão


Dias atrás, sem futebol nem para secar e já enfarado de ver a embromação da novela das nove, resolvi achar algo novo (velho) para ler. Na minha desorganizada biblioteca (Todo conjunto de livros pode ser chamado de biblioteca.), deparei-me com “Utopia e Paixão”, livro de Roberto Freire e Fausto Brito. Separei-o com mais alguns e quase consegui relê-lo, mas o ótimo desempenho do Mateus Solano nos primeiros capítulos da nova trama da Globo me tiraram o foco.
Manusear um livro sempre é salutar, mesmo que você leia apenas as abas (aquelas duas beirolas da capa e contracapa). Assim, dando uma relida naquela obra de Freire e Brito, reforcei minhas convicções de que utopia é não sonhar; e que os sonhos são para hoje, não adianta lamentar os sonhos de ontem nem fixar o pensamento nos sonhos para o futuro. O sonho tem que ser vivido hoje.
Seguindo esse raciocínio, concluo que mais vale um Gauchão na mão do que a esperança (essa sim, utópica) de ver o time disputando o Mundial de Clubes no final do ano. Vale mais focar no jogo de sábado, na Bahia, contra o Vitória. Não tem Damião, vamos de Rafael Moura com o Gilberto no banco de reservas. O time tá motivado, teve tempo para treinar, pois abreviamos o “ruralito” e quem sabe não chegou a hora do Gilberto? Olha o que aconteceu com o Jô, desprezado no Beira-Rio, agora fazendo sucesso no Atlético-MG. Gilberto e Jô fizeram até festa juntos em Porto Alegre, só não jogaram, e muitos queriam vê-los longe daqui. Quis o destino que Gilberto ficasse. É utópico, claro que sim, mas é preciso sonhar. Esta pode ser a hora do Gilberto.

terça-feira, 21 de maio de 2013

O homem e o meio ambiente



Texto elaborado para a Disciplina de Teologia e Metodologia Pastoral - Seminário Teológico Dom Egmont Machado Krischke – SETEK


Fernando da Silva Santos
Prof. Revdo. Hermes Daniel Rodriguez
Seminário Teológico Dom Egmont Machado Krischke – SETEK
Teologia e Metodologia Pastoral
19/11/2008

RESUMO


O ambiente em que vivemos nos foi dado por Deus. Conservá-lo não é apenas um dever, em respeito ao presente precioso do Criador, mas uma necessidade para a preservação da própria espécie humana. Ao longo dos séculos e dos milênios, o homem que entendera ter autoridade para dominar o ambiente, achou-se também no direito de transformá-lo e hoje percebemos que estamos destruindo o planeta. A ganância e a ânsia de dominar tudo, inclusive seus semelhantes, estão levando a espécie humana à sua própria destruição. Cabe a nós, cristãos, engajarmo-nos na luta por uma tomada de consciência sobre a necessidade urgente de darmos um basta na devastação do meio ambiente.

Palavras-chave: Criação; Devastação; Consciência.


1 INTRODUÇÃO

Os dois primeiros capítulos do livro do Gênesis narram a criação do mundo e da espécie humana, procurando mostrar o lugar e a importância do homem e da mulher dentro do projeto de Deus. Os seres humanos são o ponto mais alto e o centro de toda a criação, dotados de criatividade, da palavra e da liberdade. Vale ressaltar que a narrativa da criação, encontrada no primeiro livro da Bíblia, não é um tratado científico, mas um poema que contempla o universo como criatura de Deus.
“E Deus os abençoou e lhes disse: Sejam fecundos, multipliquem-se, encham e submetam a terra; dominem os peixes do mar, as aves do céu e todos os seres vivos que rastejam sobre a terra.” Assim está escrito no versículo 28 do primeiro capítulo de Gênesis. Percebe-se que os sacerdotes, no tempo do exílio da Babilônia, ao escreverem este texto, cerca de 600 anos a. C. já tinham noção de que a espécie humana era a única com capacidade para alterar o ambiente em que vivemos. O que certamente os escritores de Gênesis não imaginavam é que fossemos capazes de provocar tantos estragos na natureza, a ponto de chegarmos ao século XXI com a séria ameaça de destruição total do planeta.
Além dessa capacidade destrutiva do ambiente, algo pode ser ainda pior em termos de comportamento. Mesmo dotado de inteligência superior a todas as outras espécies, o homem é predador do próprio homem. Embora Deus tenha providenciado tudo o que era necessário para a sobrevivência humana (conforme Gênesis 1:29), os homens foram, cada vez mais, se apropriando do que não era seu. Os bens oferecidos por Deus ficaram nas mãos de uns poucos, enquanto a maioria das pessoas vive privada do alimento, da saúde e da moradia.
2 TOMADA DE CONSCIÊNCIA

A situação do meio ambiente nos desafia a preservar os recursos naturais e, ao mesmo tempo, possibilitar um desenvolvimento social mais justo, permitindo que as sociedades humanas atinjam uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos. A necessidade de consolidar novos modelos de desenvolvimento sustentável exige a construção de alternativas de utilização dos recursos, orientada por uma racionalidade ambiental e uma ética da solidariedade.
A nossa sociedade precisa conscientizar-se de que o modelo vigente de crescimento tem afetado nosso planeta muito mais do que o desejado. A destruição da natureza, através da contaminação e degradação dos ecossistemas cresce em um ritmo acelerado, motivo pelo qual torna-se necessário reduzir o impacto ambiental para a obtenção de um desenvolvimento ecologicamente equilibrado a curto prazo para todo o planeta.
Na busca da preservação ambiental, criamos normas e leis que regem a forma de agir com o meio ambiente. Estas leis nem sempre são obedecidas, mas são instrumentos importantes nessa tomada de consciência a fim de manter os recursos e ambientes naturais remanescentes. A legislação brasileira avançou nos últimos anos. O Brasil expôs ao mundo a importância de se conservar os recursos bióticos e naturais presentes nas florestas para a manutenção da qualidade ambiental do planeta.
No momento, o assunto em pauta é a criação de mecanismos fiscais que busquem equilibrar a delicada balança do consumo de recursos naturais que se encontra extremamente favorável para países desenvolvidos.


3 RECURSOS FINANCEIROS

As autoridades mundiais, diante da pressão da sociedade, vêm adotando medidas e destinando recursos para as ações em favor do meio ambiente. No ano de 2000, líderes de 191 nações, reunidos em Nova York, definiram os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, com um pacto para tornar o mundo mais justo até 2015. As metas são acabar com a fome e a miséria; oferecer educação básica e de qualidade para todos; promover a igualdade entre sexos e a valorização da mulher; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde das gestantes; combater a aids, a malária e outras doenças; aumentar a qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente; e trabalhar em conjunto pelo desenvolvimento.
Recentemente, foi anunciado que as ações para o cumprimento destes objetivos terão o aporte de US$ 16 bilhões de governos, fundações e da sociedade civil. O anúncio foi feito em Nova York, pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, ao final de reunião sobre o assunto, conforme noticiado pela Agência Radiobras. O valor supera as expectativas da ONU e demonstra a solidariedade global. Segundo o secretário-geral, as ações para garantir a segurança alimentar receberão US$ 1,6 bilhão, US$ 4,5 bilhões vão para a educação e US$ 3 bilhões, para o combate à malária.
Durante o debate na ONU, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, representou o Brasil em uma mesa-redonda sobre fome e pobreza. Ele ressaltou que as empresas não precisam sacrificar o lucro para ter responsabilidade social. “No mundo de hoje, lucrar e melhorar a vida dos pobres e famintos não são atividades mutuamente excludentes. Crescimento e distribuição de renda mais justa são os dois lados da mesma moeda.”


4 MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Recentemente, ainda segundo a Radiobras, especialistas de cerca de 30 países, reunidos no Rio de Janeiro, discutiram os esforços que vêm sendo feitos em termos de monitoramento e avaliação de capacitação em países em desenvolvimento para o combate às mudanças climáticas. O relatório final do encontro será encaminhado à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). O documento vai para análise na 14ª Conferência das Partes (COP 14) em Poznán, na Polônia, que ocorrerá de 1º a 12 de dezembro deste ano, junto com o 4º Encontro das Partes do Protocolo de Quioto (MOP-4).
A Convenção Mundial do Clima estabelece uma série de assuntos relacionados à mudança do clima que todos os países signatários do documento têm que implementar. A questão da capacitação é um dos temas mais importantes para os países em desenvolvimento, sobretudo aqueles mais pobres. E essa capacitação envolve não só recursos das nações desenvolvidas para financiamento às ações de combate às mudanças climáticas nos países emergentes, mas também transferência de tecnologia, entre outros itens relevantes.
As mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global podem forçar a migração de culturas agrícolas típicas de determinadas regiões do Brasil. O Alerta do especialista em mudanças climáticas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Carlos  Nobre, ao falar no Painel Intergovernamental da ONU para a Mudança Climática (IPCC). "O Brasil é uma potência agrícola, que tem um potencial muito grande a ser explorado, talvez o maior do mundo. E as mudanças climáticas diretamente afetam a agricultura", disse Nobre a jornalistas após apresentação na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em Brasília.
Além da agricultura, segundo o pesquisador, a saúde da população também deve ser impactada pelas mudanças no clima. "Os estados mais frios, que não tem um problema muito grave ainda de doenças transmitidas por vetores - insetos como os de malária, dengue e outras -, vão ter um clima adequado em 50 anos", comentou.


5 MORADIA E URBANIZAÇÃO

A ocupação da terra também precisa ser discutida e avaliada. O Rio de Janeiro será palco em 2010 das discussões do 5° Fórum Urbano Mundial, evento da ONU, que promete avaliar e propor políticas públicas para os problemas decorrentes de moradia e urbanização. O anúncio foi feito pelo ministro das Cidades, Marcio Fortes, pelo governador do estado, Sérgio Cabral, e pelo prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes. A divulgação oficial será feita pelo governo federal, durante a quarta edição do Fórum, na cidade de Nanjing, na China.
“As pessoas pensam que infraestrutura é só (a construção de) casas. Mas não é só isso. È a construção de lares. As pessoas têm um lar quando têm parede, mas, ao lado dela, infraestrutura de água, esgoto, drenagem, pavimentação, transporte passando na porta...”, disse o ministro Fortes. De acordo com ele, na edição do Fórum no Rio, que se chamará Cidade Cidadã, haverá a integração de temas da urbanização aos problemas das comunidades marginalizadas pela violência e vulneráveis socialmente.

Apenas 46,77% da população brasileira têm acesso ao esgoto sanitário. As mais prejudicadas pela falta de saneamento são as crianças de 1 a 6 anos. Esta é a conclusão da pesquisa Trata Brasil, organizada pelo instituto que leva o mesmo nome e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgada no Ministério das Cidades, em Brasília. A pesquisa revela que a taxa de mortalidade de crianças nesta faixa etária, de 1995 a 1999, era de 3,75% entre a população que não possuía acesso à rede de esgoto, e de 2,35%, entre a população que possuía. Entre 2001 e 2006, os números são de 2,89% e 2,25%, respectivamente.
Um agravante para essa situação é que a taxa de redução da pobreza anda quatro vezes mais rápido do que o acesso ao saneamento. Ou seja, nesse ritmo, seriam necessários mais 56 anos para que a meta do milênio - de reduzir pela metade o déficit do saneamento - seja atingida. Há 14 anos, o esgotamento sanitário atingia apenas 36,02% da população - o crescimento nesse período foi de cerca de 10%.


6 DOENÇAS DA POBREZA

Os brasileiros pretos ou pardos são as maiores vítimas de doenças ligadas a condição de vida precária, chamadas também de doenças da pobreza. A informação consta do Relatório Anual das Desigualdades Raciais do Brasil, divulgado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com base na Pnad 2007 e nas informações mais recentes do Ministério da Saúde. A pesquisa mostra que os pretos e pardos são a maioria absoluta dos mortos por malária (60,6%), por hanseníase (58,3%), por leishimaniose (58,1%), por esquistossomose (55,5%) e por diarréia (50%).
De acordo com o coordenador do estudo, professor Marcelo Paixão, a incidência dessas doenças na população preta e parda comprova a desigualdade no acesso a serviços básicos. “Significa que vivem em condições, principalmente os locais de moradia, mas também os demais padrões, que os levam a um nível de exposição a doenças típicas da falta de saneamento básico e de vacinação, por exemplo. Enfim, daqueles que têm as piores condições econômicas”.
O combate à pobreza e à concentração de renda depende do crescimento econômico. Entretanto, esse crescimento não é uma condição suficiente para a geração de postos de trabalho de qualidade, avalia o diretor do escritório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) no Brasil, Renato Baumann. Durante o lançamento do estudo Emprego, Desenvolvimento Humano e Trabalho Decente - A Experiência Brasileira Recente, ele destacou que condições de trabalho decentes contribuem para o bem-estar social e representam um dos indicadores do desenvolvimento humano.
Kim Buldoc, representante-residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) no Brasil, afirma, entretanto, que o mundo se mostra cada vez mais desigual e que as estatísticas “camuflam” a miséria e a desigualdade. Para ela, o objetivo do estudo é posicionar o ser humano no centro da análise do desenvolvimento e garantir que a economia apresente ações efetivas na vida das pessoas, revelando “uma face humana” do mercado de trabalho.
Um dos destaques negativos da pesquisa, segundo Kim, são as altas taxas de desemprego, sobretudo entre mulheres, negros e jovens, “aumentando as desigualdades e reduzindo as escolhas”. Ela acredita que o estudo demonstra a necessidade de adaptar as políticas econômicas a políticas públicas de qualidade, uma vez que o trabalho deve ser considerado “o meio mais sustentável para uma vida digna e produtiva”.

7 BONS EXEMPLOS

Há muitos bons exemplos de ações voltadas à valorização da vida e à preservação do meio ambiente. Podemos citar o Projeto Criança Cidadã, desenvolvido no Distrito Federal, e as denúncias de religiosas que trabalharam com Dorothy Stang, a missionária norte-americana morta no Pará, em 2005.
Crianças de escolas públicas e particulares do Distrito Federal e entorno participaram de uma série de atividades sobre cidadania, ética e preservação do meio ambiente. A iniciativa é uma estratégia de prevenção à corrupção e faz parte do projeto Criança Cidadã, desenvolvido pela Controladoria-Geral da União (CGU) em parceria com a ONU, o Centro Gestor e Operacional de Sistemas de Proteção da Amazônia (Censipam) e o Programa Escolas Irmãs, ligado à Presidência da República. A oficina de teatro foi transmitida, por videoconferência, para crianças de Manaus, Porto Velho e Belém por meio das unidades do Censipam de cada estado. Em outras oficinas, os alunos puderam acessar o site da CGU (www.cgu.gov.br/portalzinho) que contém informações sobre cidadania e assuntos afins na linguagem da criançada.
As religiosas Rebeca Spires e Julia Depweg, que trabalharam com a missionária norte-americana Dorothy Stang, no Pará, por três décadas, se reuniram, em Brasília, com o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Elas denunciaram a impunidade e a manipulação judicial no caso da missionária, assassinada a tiros em Anapu, no Pará, em 12 de fevereiro de 2005. As irmãs são personagens de um documentário sobre a morte de Dorothy Stang, que atuava na defesa da Floresta Amazônica e dos agricultores sem terra e integrava o Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) no município de Anapu. A missionária é conhecida mundialmente na luta contra o desmatamento e a grilagem de terras no Brasil. O filme foi lançado no Festival Internacional de Cinema de Brasília.


5 CONCLUSÃO

Com esse breve apanhado de notícias que são veiculadas diariamente nos meios de comunicação, podemos perceber a gravidade do problema do meio ambiente, que vai muito além da simples preservação do “verde”. A vida do planeta e a sua necessária recuperação, passa pelo esforço e tomada de consciência de toda a sociedade, a começar por ações que promovam a dignidade das pessoas. Se há comida abundante em algumas mesas, não se justifica a miséria de tanta gente que não tem nada para comer. Se avançamos tão espetacularmente na medicina, como explicar a morte de tantas crianças por doenças que já deveriam ter sido erradicas de todo o planeta? Diante de avanços tecnológicos fantásticos, como admitir que crianças ainda “brinquem” em meio ao esgoto a céu aberto? E nós, cristãos, que diariamente reafirmamos que amamos a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos, o que temos feito pelo meio ambiente? Nas nossas paróquias, nas nossas escolas, no nosso bairro e na nossa cidade, precisamos discutir essas questões, ainda que, aparentemente, não nos falte nada. O problema do desmatamento da Amazônia, a fome nos países africanos, a poluição dos grandes centros urbanos, o trabalho escravo nas lavouras do centro do país, tudo isso diz respeito a cada um de nós e como cristão, temos obrigação de arregaçar as mangas e ajudar na luta por mudanças.