segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Brigando com o colesterol

Nunca fui do tipo que faz grandes projetos na virada do ano, aliás, nunca fiz grandes projetos, mas decidi que neste 2011 viveria mais feliz, plenamente. Já no dia 1º, levantei cedo, rodei quase 150 quilômetros de moto para almoçar com os meus filhos. Depois andei mais uns 400 quilômetros no final de semana. Só quem curte moto sabe o que significa isso.

Vida plena, feliz, requer cuidados com a saúde e na primeira segunda-feira do ano lá estava eu, “visitando” o dr. Francisco. Matei dois coelhos com uma paulada só, pois o Chicão é um amigo de longa data. Conversamos sobre vários assuntos, principalmente jornalismo, que sempre foi uma paixão comum entre nós dois. Ele lembrando dos tempos do Coojornal e eu da minha atuação no jornalismo de Campo Bom. Falamos também do assunto do momento, o retorno do Ronaldinho Gaúcho para o Grêmio. “Tomara que eles se ferrem!” seria a expressão ideal para sintetizar nosso sentimento naquele momento.

A conversa corria animada quando o Chicão puxou uma ficha amarelada, me olhou por cima dos óculos e disse: “Em 1997, ficaste de fazer uma dieta de 30 dias, depois voltaria aqui para vermos como estaria o teu colesterol...” Diante da constatação de que eu não levara a sério aquela orientação de 13 anos atrás, ele me recomendou novos exames e já foi adiantando: “Desta vez não escapas da medicação”.

Como diz minha tia Ruthe, não gosto de ir ao médico porque, das duas uma, ou ele diz que você não tem nada e frustra a gente, ou descobre problemas que até então não existiam. Sai do consultório feliz por rever o velho amigo, mas já com aquele mal-estar de quem está doente. No dia seguinte, fiz a coleta de material para exames. Agora, com os resultados em mãos e a constatação de que o colesterol não me poupou, resignado, inicio uma dieta e passo a usar a medicação receitada.

Se o churrasco gordo tiver de ser excluído, vamos lá... Não vou abrir mão da minha saúde.